A apropriação de imagens da destruição causada pela segunda guerra mundial remetem à fenômenos contemporâneos. A pandemia ocasionou um estado de devastação geo-psíquica, e frente ao real da morte, algo sangra e queima. É como se as imagens possuíssem uma assepsia que se pretende dessacralizar, inserindo, no vermelho, a memória viva do sangue e do fogo. Enquanto o tempo se imprime nas imagens em preto e branco, o contemporâneo é o gesto da pintura, e na mancha emergem o antes e o agora, o passado e o presente.